sexta-feira, 8 de maio de 2009

TEATRO PARA ALGUÉM

Adoro coisas do 'por acaso', e esse post é fruto de um ótimo por acaso. Me refiro ao site TEATRO PARA ALGUÉM que auto explica-se pelo nome. Estamos falando de teatro pela internet, peças na íntegra e inéditas mantidas em arquivo e, olha que bacana, também transmitidas ao vivo. É teatro para alguém, em um lugar qualquer, numa hora qualquer.

Dizem que teatro filmado já não é mais teatro, idéia da qual corroboro. Não acredito que neste caso, seja esta a questão a se tratar. Mérito maior faz-se na transmissão, na divulgação e na troca de informações culturais e artísticas entre pessoas e lugares.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Phoenix

Estamos de volta. Em meio a crises somos como Phoenix. Renascemos das cinzas. Revigorados. Animados. Sonhadores. Bem dispostos. Estamos de volta.

Nossos projetos são grandes: montando Nelson e continuando com Dias Gomes. Fazendo o asfalto e mantendo nossa escada de pé. O trabalho é árduo, mas como sempre, gratificante.
Novas personagens estão surgindo. É tempo de experimentar. Novos integrantes agora fazem parte da nossa equipe. São duas meninas dançarinas, ainda tímidas, mas com vontade de irem onde o povo está. Estamos à procura de elenco masculino.
Estamos de volta. Antes tarde do que nunca! E para comemorar o recomeço, o blog está de cara nova, para fazer jus à nossa trupe, sempre de cara nova. Afinal, somos ou não somos os "móveis" da casa?

Foto de Pipa Cavalcanti.
Ensaio: "Pagador".

domingo, 1 de março de 2009

sábado, 6 de dezembro de 2008

Em Maior Encanto...

Em meio a táis frivolidades, escutas um coração incoeso
que vagueio pelo solo alubriado de crespas folhagens
sinto na pele interna da mente o calor pulsante da vida
mais aqui fora só sais e tristeza vislumbram o ar,
tenho a audácia de gritar com tais gigantes de extrema força
mas corroe o medo de sentir o esbofetiar da inexperiência
caminho o mesmo chão, dia após dia, e nada além de futuro vejo
vago e obscuro, mais vejo,
O ver é assim: entercalado com o insconstante e voraz,
indisciplinado e cegante, corado e roçante, intrigante
Já lutei varias guerras, mais essa não quero ganhar
nem quero perder pois bravo não é se esquivar da verdade
é deixar que ela não perpetue a iniquidade e o caos!
"Amor à Amados"

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Recomendação

Eu precisei vir aqui fazer uma recomendação pra vocês.
Pra quem ainda não sabe eu tenho essa mania esquisita de ir ao cinema sozinha. E ontem, numas dessas minhas tardes solitárias precisei encher o peito de algum amor. Decidi ir ao cinema. Ver Romance. Fiquei apaixonada.
A história de Tristão e Isolda bate na alma da gente. É triste. Mas é lindo. E o filme conta essas bonitezas (e outras) com uma metalinguagem de fazer emocionar de tão delicada.
Tem teatro. Tem novela. Tem cinema. Tem romance...
Recomendo esse filme. Para que vocês também encham o peito de algum amor.

sábado, 1 de novembro de 2008

O Grito dos que não têm voz

Zé do Burro: sertanejo (ou catingueiro) pobre, humilde e ignorante. O típico retrato de um homem sem voz, sem atenção e principalmente: sem respeito. Portador e arauto da cultura do miscigenado, duma religião multicoloria com toques de atabaque direcionados ao altar do “Seu Vigário”, que não entende o panteísmo tupiniquim da cabeça do matuto que vê os animais como irmãos, dos santos caseiros que tornam-se deuses primitivos de estupenda força elemental só para por a prova sua fé!
Até uma determinada distância do perímetro urbano, esta cultura heterogênea e o viver religioso, que se dá de forma individual, é respeitada: cada um tem seu jeito próprio de falar com Deus e por onde Zé do Burro passa reafirma para as pessoas, independente da concepção religiosa, a única coisa em que elas podem confiar na vida: a própria fé! Antes de Salvador tudo tem sentido, o caminho é plano e a cruz... “nem pesa tanto assim”. Todos o compreendem, pois fariam o mesmo se fosse com algum deles. E até aqueles que o endeusam sabem que ele não passa de um matuto qualquer, que se torna divino única e exclusivamente pela própria fé. A cada lembrança de um relincho ou do trotar de cascos os passos ficam mais firmes e os ânimos se revigoram. Mas ao adentrar a zona urbana, tudo muda: a cruz agora é bem mais pesada. Quem passa por ele sempre pendura algo em sua cruz: um cordel de um poeta de rua, o letreiro da fachada de um bar, o lenço perfumado de uma rameira, o cordão de ouro de um cafajeste, uma página de jornal escorrendo sangue, o berimbau dum capoeira, o distintivo de um policial, o caruru duma baiana e por ai vai...é o grito dos que não têm voz! Cada um com seus próprios motivos projetam em Zé do Burro suas esperanças, angústias, revoltas, para serem vistas, ouvidas e sentidas por aqueles que os dominam. Ou então projetam sua ganância, oportunidade de atingir (ou exercer) o poder, de massagear o próprio ego. Todos que vêem ou ouvem Zé do Burro estão prestando atenção em si mesmos. A fé não é levada em consideração, tudo é jogo de poder, todos ao redor são pusilânimes, germes excluídos da doença urbana causadas por eles mesmos, sejam eles justos ou injustos.
Zé do Burro grita com todo este peso em suas costas. Mas no fim os gritos se calam, nada mais tem sentido, nada importa, apenas a fé. A morte não é o fim, mas apenas o começo: é quando o coração se abre e todos os véus que ofuscam a visão tombam, nada era o que parecia e a verdade vem a tona, ninguém é salvo, ninguém é condenado. Zé do Burro, o mundo só o ouviu em seu silêncio. Os gritos cessaram, mas o eco de sua voz, Zé do Burro, será ouvido para sempre.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Aos navegantes

Em um post anterior, a Pipa nos chamou a atenção quanto aos novos parceiros linkados na seção Em outros palcos. Agora sou eu quem avisa aos marinhos da casa que, daqui em diante, todas as postagens que contiverem fotos deverão receber devido marcador, para constar na nova seção O palco de nossas imagens. Assim, dentro das possibilidades do blog, criamos um arquivo de imagens, inclusive para os trabalhos passados, como lembrou nosso diretor. Desse modo, temos a oportunidade de apresentar-mos ao público, um pouco do trabalho desenvolvido pela Cia nesses anos de existência.

Beijo à todos.